O tecido nervoso é um dos principais do corpo humano, desempenhando funções importantes relacionadas às sensações, ao aprendizado e ao processamento de informações, por exemplo.
Mas, afinal, o que é o tecido nervoso? A seguir, explicamos detalhadamente do que se trata e como ele é composto. Confira e entenda mais sobre o funcionamento do corpo humano, aqui no Gestão educacional!
O que é o tecido nervoso?
Tecido nervoso é uma estrutura que possui a função de receber informações dos meios interno e externo, processando e elaborando uma resposta. Um ótimo exemplo disso é capacidade de sentir variações de temperatura.
Quando está frio, o tecido nervoso identifica, interpreta, processa e elabora uma resposta rápida, fazendo com que a pessoa sinta a temperatura gelada e se proteja, para evitar adoecer.
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É justamente por conta desse tecido que o ser humano consegue não somente sentir a variação climática, mas também enxergar, sentir aromas e sabores, elaborar pensamentos, armazenar informações na memória, contrair músculos, entre outras funções.
Como é formado o tecido nervoso?
O tecido nervoso é formado por dois componentes: o Sistema Nervoso Periférico (SNP) e o Sistema Nervoso Central (SNC). Juntos, eles garantem que o corpo da pessoa seja capaz de processar informações e emitir respostas.
Sistema Nervoso Periférico
O Sistema Nervoso Periférico é constituído por neurônios (que são unidades celulares) e células de sustentação, também chamadas de células de Glia, de Schwan e satélites.
Os neurônios estão em grande quantidade no organismo e sistema nervoso – estima-se que uma pessoa tenha de 9 a 15 milhões de neurônios em seu corpo, sempre em tamanho que varia entre menos de um milímetro a mais de um metro.
Um neurônio é constituído de três diferentes partes, sendo uma delas o dendrito, que é curto e possui ramificações, como galhos de árvore. Sua principal função é conduzir impulsos ao corpo celular.
Outra parte do neurônio é chamada de corpo celular, que é o centro de funções metabólicas. É nele que ocorrem a síntese de proteínas neuronais e a recepção de estímulos variados.
A terceira e última parte do neurônio é o axônio, um prolongamento fino e grande, que transmite impulsos emitidos pelo corpo celular, gerando uma reação, como andar ou identificar o aroma de algo.
No corpo humano, existem três tipos de neurônios: o sensitivo (composto por nervosos sensitivos, que captam informações do meio), o motor (conduz informação aos músculos e às glândulas) e o interneurônio (possui capacidade de se conectar a outro neurônio).
Já as células de sustentação são aquelas associadas aos neurônios, responsáveis por facilitar todo o funcionamento do sistema nervoso, garantindo o recebimento e a interpretação de sinais, bem como o encaminhamento de mensagens.
Uma das células de sustentação mais conhecidas é a Glia, que ocupa espaço entre neurônios e desempenha a função de revestir/isolar a modulação da atividade neural.
Sistema Nervoso Central
O Sistema Nervoso Central é composto por dois tipos de substância, sendo uma delas a branca, presente no encéfalo. Essa tonalidade é obtida graças à presença de fibras mielinizadas, ou seja, de axônios, dando rapidez à interpretação e ao encaminhamento das mensagens.
A outra substância é a cinzenta, que se caracteriza por ter muitas células nervosas e dendritos, além da ausência de prolongamentos nervosos mielinizados (axônios). A substância cinzenta está presente, por exemplo, na medula espinhal.
Processo de sinapse
Um dos principais processos envolvendo o tecido nervoso é o de sinapse, que nada mais é do que um ponto de contato entre dois neurônios, entre um neurônio e uma célula glandular ou entre um neurônio e uma célula muscular.
Cada um desses contatos recebe um nome específico: interneural (entre dois neurônios), neuroglandular (entre neurônio e célula glandular) e neuromuscular (entre neurônio e célula muscular).
Curiosamente, esse contato não é realizado fisicamente. Entre os neurônios ou neurônios e células existe um vão, que é chamado de espaço sináptico. Nele, o neurônio emite um impulso nervoso, com a ajuda de mediadores químicos, conhecidos como neurormônios ou neurotransmissores.
Os neurotransmissores mais conhecidos, atualmente, são a norepinefrina e a acetilcolina, porém também há outros, como a epinefrina, a endorfina, a serotonina e a GABA.
Esses neurotransmissores ficam em microvesículas no final do axônio. Ao receber um impulso nervoso, liberam o mediador químico para o espaço sináptico, criando uma cadeia de reações que permite o funcionamento completo do tecido e do sistema nervoso.