Verbos pessoais – O que são? Como usar? Quais os principais? Exemplos

Os verbos compõem uma classe particular de palavras e servem para indicar fatos, acontecimentos, ações etc. que se passam com os sujeitos ou em torno a eles em um determinado período de tempo.

Porém, nem todas as orações possuem sujeitos. Como explicar esse fenômeno? Com o simples fato de que alguns verbos, os chamados verbos impessoais, não fazem referência a nenhuma pessoa do discurso. Pelo contrário, os verbos pessoais são aqueles que o fazem.

Neste artigo, trataremos justamente dos verbos pessoais, ou seja, daqueles que podem ser conjugados em todas as pessoas gramaticais.

O que são verbos pessoais?

Dá-se o nome “verbos pessoais” aos verbos que são conjugados em todas as pessoas, ou seja, que apresentam sujeito claro. Veja, por exemplo, a conjugação do verbo “andar”:

  • Eu ando;
  • Tu andas;
  • Ele anda;
  • Nós andamos;
  • Vós andais;
  • Eles andam.

Esse verbo apresenta forma para todas as pessoas gramaticais, ou seja, para:

  • A primeira pessoa do singular (eu) ou do plural (nós), ou seja, aquele que fala;
    • Eu viajei para São Paulo;
    • Nós viajamos para São Paulo.
  • A segunda pessoa do singular (tu) ou do plural (vós), embora no português falado seja mais recorrente hoje em dia “você” e “vocês”, ou seja, aquele com quem se fala, diretamente;
    • Tu viajaste para São Paulo| Você viajou para São Paulo;
    • Vós viajastes para São Paulo | Vocês viajaram para São Paulo.
  • A terceira pessoa do singular (ele) ou do plural (eles), ou seja, aquele de quem se fala;
    • Ele viajou para São Paulo;
    • Eles viajaram para São Paulo.

Perceba que, de pessoa para pessoa, o verbo dos exemplos, isto é, “viajar”, sofreu algumas alterações. Ao radical e à vogal temática, acrescentaram-se algumas desinências. Essas desinências podem indicar o número, o modo, o tempo e, obviamente, a pessoa. Confira a comparação:

(1) Viajei;

(2) Viajamos;

(3) Viajaram.

Apenas observando esses verbos, individualmente, já conseguimos identificar, dentre outras coisas, a pessoa a qual estão fazendo referência. Temos em (1) o verbo conjugado na primeira pessoa do singular, em (2) na primeira pessoa do plural e em (3) na terceira pessoa do plural.

Seria impossível listar todos os verbos pessoais da língua portuguesa, uma vez que estes compreendem a grande maioria deles. Mas, isso traz um questionamento: e existem verbos que não são pessoais, ou seja, que não possuem um sujeito? É isso que veremos agora.

Há verbos que não apresentam formas para todas as pessoas?

A resposta é sim! Há alguns tipos de verbos que não possuem formas para determinadas pessoas e outros que nunca fazem referência às pessoas gramaticais. Esses verbos podem ser “impessoais”, “unipessoais” ou “defectivos”.

Para exemplificar como um verbo pode ser impessoal, para que você perceba a diferença, trataremos um pouco a respeito dos chamados verbos impessoais, a seguir.

Aos verbos que não possuem pessoa nenhuma, não apresentando, portanto, sujeito, dá-se o nome “verbos impessoais”. Eles são conjugados apenas na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são:

  • Verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como “nevar”, “ventar”, “chover”;
    • Choveu bastante ontem à noite.
  • O verbo “haver”, quando empregado com o sentido de “existir” ou “acontecer”;
    • cinco alunos na sala.
  • O verbo “fazer” quando indica tempo decorrido ou fenômenos meteorológicos;
    • Faz cinco minutos que estou lhe esperando;
    • Hoje fez muito calor.
  • Determinados verbos que indicam necessidade, conveniência ou sensações, seguidos de preposições.
    • Chega de saudade!

Perceba que em todos esses contextos, os verbos em negrito não fazem menção a nenhuma pessoa gramatical e, consequentemente, a nenhum sujeito, o que justifica o fato de serem considerados impessoais.

Deixe um comentário