No português brasileiro, os verbos são classificados em cinco categorias: regulares, irregulares, defectivos, abundantes e anômalos. Para saber a que categoria pertence determinado verbo, é preciso observar a sua conjugação.
Neste artigo, trataremos de duas categorias de classificação: dos verbos chamados regulares e dos verbos chamadas irregulares.
O que é conjugação?
Dá-se o nome conjugação ao ato de enunciar determinado verbo em todas as suas formas de flexão, levando-se em consideração, portanto, o modo, o tempo, o número, a pessoa e a voz. Caso não saiba o que seja cada um desses tipos de flexão, confira o artigo sobre o que é um verbo, clicando aqui.
Há três tipos de conjugação no português, definidos de acordo com a vogal temática do verbo. São eles:
- 1ª conjugação: quando o verbo possui a vogal temática -a-:
- Nadar, andar, rema.
- 2ª conjugação: quando o verbo possui a vogal temática -e-:
- Ceder, temer, recebe.
- 3ª conjugação: quando o verbo possui a vogal temática -i-:
- Sorrir, mentir, dormi.
[Para entender o que é vogal temática, veja o artigo sobre a estrutura das palavras, clicando aqui].
Grande parte dos verbos do português, ao serem conjugados, ou seja, ao se flexionarem em modo, tempo, número, pessoa e voz, seguem uma mesma lógica, chamada paradigma. Nesse caso, por seguirem esse paradigma, flexionando-se mediante uma mesma lógica, não sofrem alterações em seu radical. A esses verbos dá-se o nome regulares.
Outros, entretanto, sofrem algumas variações, não seguindo, portanto, totalmente o paradigma de conjugação. A esses verbos dá-se o nome irregulares.
Apenas a título de curiosidade, já que não é o foco do artigo tratar deles, há outros que se afastam tanto do paradigma que não podem nem ser considerados irregulares: a esses, dá-se o nome anômalos.
O que são verbos regulares?
Os verbos regulares, portanto, são aqueles que seguem o paradigma de conjugação e não sofrem alterações em seu radical (ver estrutura das palavras para compreender melhor) ao serem conjugados nas diferentes flexões. Por exemplo, configura parte da conjugação do verbo “partir”:Perceba que, em todo os tempos, números e pessoas, o verbo em questão mantém o seu radical part- intacto. Diz-se que a conjugação, nesse caso, é invariável e que o verbo em questão é um verbo regular (porque mantém uma regularidade em sua conjugação).
Alguns outros exemplos de verbos regulares são: trabalhar, dever, achar, esperar, ficar etc.
O que são verbos irregulares?
Entretanto, há verbos, como comentado, que não mantêm uma regularidade em sua conjugação, com o seu radical sofrendo variações em determinados tempos, modos, números, pessoas ou vozes. A esses verbos, dá-se o nome verbos irregulares (porque eles não mantêm uma regularidade).
Confira algumas conjugações do verbo “fazer”:Perceba que, em algumas flexões, o radical do verbo “fazer”, que é faz-, sofre variações, tornando-se faç-, fiz- (e até mesmo far-). Quando a conjugação não segue uma regularidade, diz-se que o verbo em questão é um verbo irregular.
Alguns outros exemplos de verbos irregulares são: dar, crer, adequar, deter, expelir etc.