Xenofobia é caracterizada por um tipo de preconceito contra estrangeiros. Embora o mundo esteja globalizado, esse é um fenômeno muito presente na sociedade. Alguns chamam de ódio, aversão ou intolerância com pessoas de outras países, todavia, é preciso esclarecer que o termo xenofobia também é denominado como um transtorno psiquiátrico, pois acredita-se que algumas pessoas têm medo de outras ou objetos desconhecidos, algo que não pode ser controlado.
No entanto, de nenhum modo esse problema de saúde mental pode ser confundido com o preconceito, pois, nesse caso, não é o medo que entra em cena, mas sim o repúdio.
Como ocorre a Xenofobia?
Não é difícil detectar o preconceito de algumas pessoas para com outras que veem de outros países. Basta ligar a TV, acompanhar matérias na Internet e prestar atenção nos comentários de algumas pessoas.
A Xenofobia está mais presente em nosso meio do que imaginamos. Pode-se notar isso claramente em países da Europa, nos Estados Unidos e, inclusive, no Brasil.
Nos Estados Unidos e na Europa, existe grande repúdio e intolerância com estrangeiros, especialmente no que tange imigrantes com condições financeiras nada favoráveis.
Movimentos neofascistas ganham bastante força com isso, formando grupos que se autodenominam neonazistas. De acordo com os especialistas, esses movimentos podem ser chamados de xenofobia.
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No Brasil, também é percebido a intolerância e o preconceito com imigrantes, incluindo europeus, africanos, bolivianos, venezuelanos, árabes e outros. Mas, infelizmente, isso não é percebido somente com estrangeiros.
Internamente, o problema é claramente visto em alguns estados, a exemplo disso, está a migração dos nordestinos para outros lugares do país, que por muitas vezes são alvo de intolerância.
No geral, a xenofobia pode levar a ações violentas, comportamentos extremistas, falta de respeito, situações humilhantes e outros tipos de atitudes que denotam o preconceito e a exclusão social.
Principais causas da Xenofobia
Infelizmente, o mundo globalizado e o acesso às redes sociais nos permitiram conhecer mais profundamente como muitas pessoas pensam. De certo modo, essas descobertas não foram positivas, pois as expressões xenófobas oriundas do preconceito e do discurso de ódio são despejadas por aí, diariamente.
Especialistas apontam que o etnocentrismo pode ser uma das causas desse fenômeno. Além disso, as pessoas xenófobas têm receio e medo em relação aos estrangeiros, por alguns fatores, como:
- Medo de perder o emprego para um imigrante ou até migrante;
- Medo de que tragam risco para a sociedade em que vivem;
- Sentimento de superioridade para com o outro (etnocentrismo);
- Ignorância com relação a outras culturas e povos;
- Necessidade de reafirmação de uma identidade nacionalista;
- Ideia equivocada a respeito de um povo.
Com tantas ameaças em que o mundo vive atualmente, a xenofobia se materializa em diversas esferas da sociedade. O medo de terrorismo, violência, agressão, roubo e aumento da crise econômica podem ser gatilhos para gerar uma certa aversão a quem vem de fora, com o objetivo de viver no mesmo espaço.
No entanto, esses receios podem afastar os povos, fazendo com que não se conheça a real história de cada migrante ou imigrante. Desse modo, é dada muita atenção para histórias infundadas sobre a crença e cultura dessas pessoas, fazendo com que se perca a oportunidade de notar que elas são gente como a gente.
Como combater a xenofobia?
Não existe uma fórmula mágica para lutar contra o preconceito, é claro que cada pessoa deve fazer a sua parte, especialmente ter o bom senso de que se tratam de seres humanos.
A educação dada em casa é fundamental para que as crianças e os jovens cresçam com esse sentimento mais humanitário. Enquanto isso, o governo pode promover ações para divulgar o outro lado da história, além de organizar:
- Palestras, debates, seminários e publicações que abordem a conscientização;
- Reuniões de integração desses estrangeiros com a parceira de diversas instituições;
- Ações para mostrar o lado positivo de contar com a colaboração de outros povos para o desenvolvimento do país.
O ser humano precisa ser mais humano e entender que muitas dessas pessoas não migram ou imigram por luxo, mas por necessidade. Apesar dos países terem fronteiras, o mundo foi criado para que todos pudessem viver longe de guerra e fome e ter condições de vida no mínimo aceitáveis. Talvez, colocar-se no lugar do outro seja um excelente exercício de cidadania.